Primeiro foram os "mensalões" do PSDB - Eduardo Azeredo em sua campanha para o governo mineiro em 1998, com ligações no PTB - e do PT em 2005 - que envolveu ministros do primeiro mandato do governo Lula (Aldo Rebelo, Walfrido Mares Guia, Ciro Gomes, Miro Teixeira, José Dirceu e Antonio Palocci), dirigentes do PT e parlamentares do PT, PL, PMDB, PP e PTB.
Ambos tinham um "elo" comum - a participação do empresário e publicitário Marcos Valério.
Os acusados no "mensalão nacional" e Eduardo Azeredo (então senador), envolvido no "mensalão mineiro", estão sendo julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O processo contra Valério e outros investigados corre na Justiça Federal em Minas Gerais.
Agora é o DEM que "adere à moda" (também são suspeitos representantes do PPS, do PMDB e do PSDB): o governador do DF José Roberto Arruda (DEM) aparece em um vídeo recebendo um maço de dinheiro de Durval Barbosa (ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF).
Barbosa, que é investigado em mais de 30 processos (a maior parte por desvio de dinheiro), aceitou cooperar com a polícia e com o Ministério Público em troca de uma redução de pena em um julgamento futuro. As denúncias também envolvem o vice-governador do DF, Paulo Octávio, secretários e membros do primeiro escalão do governo e até um conselheiro do Tribunal de Contas.
Para se ter uma idéia das proporções do esquema, mais de 40% dos deputados distritais do DF estão sendo investigados.
O toque de humor (talvez seja melhor HORROR) fica por conta das cenas em que o o deputado distrital Júnior Brunelli (PSC), que se diz evangélico, ora em voz alta, abraçado ao presidente da Câmara distrital - Leonardo Prudente (DEM), e Durval Barbosa, logo após receber o dinheiro das mãos deste último:
“Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos. Somos gratos pela vida do Durval por ter sido instrumento de bênção para nossas vidas, para essa cidade, porque o Senhor contempla a questão no seu coração."
Seria cômico se não fosse trágico - com direito à dinheiro na cueca, panetone e "lágrimas de crocodilo"...
Como disse o Bezerra da Silva, "Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão..."
Vejam este interessante vídeo criado pela equipe do UOL Notícias, com imagens da Bandnews, Folha de São Paulo e NBR:
Ata da Reunião de 11.11.09
Há 15 anos